Mãe Christina de Iansã

A Minha Jornada

Na religião católica estudei em colégio de freiras os primeiros quatro anos de minha vida escolar.
Mas muito cedo comecei a procurar centros de Umbanda e Candomblé, sem mesmo saber exatamente o que era e também não sabia ao certo o que procurava. Passei por muitos lugares horríveis, conheci muita gente boa também. Um dia, resolvi procurar um lugar pra entrar e desenvolver, mesmo porque nesta época já havia descoberto o que queria fazer de minha jornada espiritual. Nesta época já estava casada com o Armando e iniciamos nossa jornada juntos.
Começamos no dia 19 de abril de 1991, na Igreja Espiritual Cristã de São Paulo, que apesar do nome, era um centro de umbanda no bairro de Santa Terezinha, zona norte da cidade. Hoje, sua sede fica em Santos. Saímos dessa casa em setembro de 2005, pois, nessa época já havíamos nos mudado para o Jabaquara, zona Sul da cidade, e o centro estava de mudança para Santos.
Resolvemos então, parar de freqüentar esse centro e procurar outra casa para dar continuidade aos nossos caminhos. Enquanto não achávamos um local adequado, montamos nossa casa onde hoje é o Templo, fazíamos nossos trabalhos de portas fechadas, mas voltado aos trabalhos familiares, até que em certo dia, minhas entidades nos avisaram que iríamos parar de trabalhar, isto é, fecharíamos por um tempo e quando voltássemos a trabalhar, voltaríamos trabalhando de forma diferente.
Ficamos aproximadamente quatro anos parados, até minha filha Priscila, começar a procurar uma casa pra voltar a trabalhar. Após algumas andanças, achou um Centro em São Judas, “Centro Espírita de Umbanda Pai Ogum Megê e Caboclo Lua da Mata”, foi em algumas giras e resolveu entrar. Então resolvi ver como era. Quando ela resolveu fazer seu batismo, porque nessa casa, os rituais eram diferentes do que tínhamos feito na anterior, fui assistir.
Após algumas giras em que fui assistir, resolvi entrar. Entrei como médium Iniciante, mesmo na outra casa tendo feito cruzamento de caboclo. Entrei em 06 e dezembro de 2003. No final de maio de 2004 fui chamada a fazer a Coroa. Em 12 de junho de 2004, foi feito o Ori e em 25 de setembro de 2004 fui Coroada, com Iansã de frente e o Caboclo Cobra Coral Flecheiro de costas, sendo meu Pai de Santo Sr. José Ricardo.
Permaneci nesta casa até julho de 2006, e após isso abri minha casa em outubro de 2006. Abri minha casa aos cuidados de minha avó (mãe) de santo, Mãe Regina de Ogum, e ainda hoje minha casa continua a seus cuidados.
Em agosto de 2008, resolvi me encaminhar também no candomblé. Então pelas mãos de minha Mãe de Santo, Yalorissa Regina D’Ogun, hoje também sou Yao. E assim, continuo minha jornada, sempre com a ajuda de minha Mãe Yansã, meu Pai Caboclo Cobra Coral Flecheiro e todos os Orixás e também como não podia deixar de ser minha Mãe de Santo Regina D’Ogun.